DESFILE DAS CAMPEÃS
Com o tema "Unidos de Capão e Sapucaia do Sul, um Verdadeiro Caso de Amor", a escola contou, em cinco alegorias, a história de sua cidade. Mostrou a ocupação portuguesa das terras de Sapucaia do Sul, os 46 anos de emancipação, o pórtico da cidade, o Zoológico e o Grêmio Esportivo Sapucaiense.
O gigantesco tigre articulado que impressionou o Porto Seco na semana passada despediu-se da avenida nesse sábado 09 de fevereiro. Mexendo a cabeça, os olhos, a boca, as patas e o rabo, o abre-alas conduziu os foliões da Unidos do Capão com a dignidade dos vencedores.
Acadêmicos de Gravataí
Quando a quadra de ensaios da Sociedade Beneficente Cultural Acadêmicos do Gravataí foi interditada por poluição sonora, a presidente Rita Bitencourt reuniu garra e determinação para não permitir que a escola deixasse de desfilar. Esse foi o desabafo e o agradecimento que as integrantes da escola manifestaram hoje durante o desfile da escola pela pista do Complexo Cultural do Porto Seco.
A presidente declarou que os impasses “políticos e de preconceito” atrapalharam, mas não chegaram a influenciar na classificação da escola que em 2007 chegou em quarto lugar. “Pecamos em alguns itens e as co-irmãs vieram com muita qualidade. O mais importante é que estamos aqui, com a certeza de que ano que vem a nossa passagem está garantida”. afirmou Bitencourt.
Praiana
A Academia de Samba Praiana foi criada em 10 de março de 1960, por um grupo de rapazes que freqüentava o restaurante de mesmo nome, na Rua da Praia. Reconhecida como a Escola de Samba pioneira em luxo nas alegorias e adereços, também foi a introdutora do conceito de alas no desfile e a primeira a apresentar uma ala de baianas. Suas cores iniciais foram o azul e o dourado, substituídas pelas atuais verde e rosa. O símbolo da Academia de Samba Praiana é uma coroa real sobre a letra P, entre dois cavalos marinhos.
União da Vila do I.A.P.I.
Condizente com o tema, todas as alegorias e adereços apresentados no Complexo Cultural do Porto Seco pela União da Vila foram confeccionados com material reciclado. Uma forma de mostrar que é possível transformar o lixo em luxo. Além das 16 alas, as alegorias destacaram ações de promoção do equilíbrio ambiental, como a conscientização, representada pela locomotiva. O símbolo da escola foi inserido este ano na alegoria batizada de "Esperança é o trem da Vila que traz".
Quarta colocada da categoria especial no Carnaval 2008, a União da Vila do IAPI aproveitou a concentração para fazer uma pequena manifestação política. O presidente Jorge Sodré enalteceu a escolha de jurados de fora, “não menosprezando os jurados gaúchos” e saudou a todas as co-irmãs, prometendo apoio à Samba Puro, rebaixada da Categoria Especial, “para uma volta por cima”. É a união para o bem do Carnaval.
“Um tema histórico sempre traz a riqueza de seus elementos", disse a presidente Rosalina, sempre uma presença marcante nos desfiles. Desde a águia no carro abre-alas até as alegorias que representaram os deuses do Olimpo, os espetáculos teatrais, a atividade circense e os estudantes brasileiros, todos os detalhes contribuíram para o belo desfile realizado pela agremiação. Na confeccção de algumas alegorias e fantasias, a contribuição decisiva de alunos e professores do Instituto de Artes, que vivenciaram cada minuto da experiência carnavalesca que culminou com os desfiles no Complexo cultural do Porto Seco.
Na sede da Bambas, na Av. Voluntários da Pátria, 1387, os dirigentes, destaques e componentes apaixonados da escola resgatam a história da entidade que “em cada participação contribui para elevar o Carnaval de Porto Alegre", conclui Rosalina.
A escola entrou na passarela do Complexo Cultural do Porto Seco com quatro carros alegóricos e 16 alas em homenagem a Martinho da Vila. Os carros representaram os enredos que deram à escola do coração de Martinho, a Vila Isabel, títulos de campeã carioca. O Botequim foi último carro a desfilar: reverência para um dos maiores sucessos do cantor-compositor homenageado.
Império da Zona Norte
Em seguida, com a mesma perfeição do desfile da categoria especial, a Império mostrou a exuberância e a riqueza cultural da África. "Da África à Zona Norte, sim senhor... essa é a história do samba" apresentou o amarelo, a prata e o branco da escola em 18 alas e cinco alegorias, três delas com efeitos de luzes.
Na passagem avassaladora da grande campeã marcaram os carros do Navio Negreiro, simbolizando a chegada dos primeiros africanos ao Brasil; o carro da Bahia, com seus orixás; e o carro do Rio de Janeiro, que pediu passagem e levou o povo no arrastão que fez o enterro dos ossos no Complexo Cultural do Porto Seco.
fontes:
site da prefeitura dePOA
banco de imagens
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